No recurso apresentado, os promotores sustentam que a decisão da 7.ª Câmara viola artigos da Lei Maria da Penha. Eles escrevem que não pretendem provar que Luana é "hipossuficiente ou vulnerável para efeito da aplicação da lei, até mesmo porque inexiste esta exigência legal". "O que se busca é demonstrar que a Lei Maria da Penha se aplica a todas as mulheres que porventura venham a sofrer violência doméstica e familiar".
E completam: "A função ocupada pela mulher, sua atitude diante da vida, sua não submissão aos caprichos do universo masculino não são elementos válidos para considerá-la não vulnerável na relação de convívio afetivo".
Dado e Luana eram namorados. Na noite de 22 de outubro de 2008, eles comemoravam a estreia de uma peça na boate 00, na Gávea, quando começaram a discutir. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que o ator empurra Luana e a camareira Esmeralda de Souza Honório, que tentou defender a atriz e também acabou agredida. Esmeralda precisou imobilizar os dois braços. A Justiça determinou que Dado mantivesse distância de 250 metros de Luana. O ator foi condenado ainda a indenizar a camareira em R$ 40 mil.