Noventa acompanhava um protesto contra o pleito. Houve quebra-quebra entre os manifestantes e seguranças e a fachada do sindicato foi vandalizada. Dez pessoas se feriram - uma está em estado grave.
O boletim de ocorrência revela que o perito criminal constatou indícios de tiros feitos tanto de fora quanto de dentro do prédio. Segundo ele, havia "seis disparos no portão de ferro na entrada do edifício e duas perfurações no muro na frente do prédio, aparentemente efetuados de dentro do edifício". Questionado, Jorginho diz que seus seguranças "não têm ordem para atirar em ninguém".
Segundo ele, há um contrato do Sindmotoristas com PMs, que trabalham sem farda. A Polícia Militar informou que não permite que os agentes façam "bicos". Jorginho contou que havia policiais civis no sindicato durante o confronto e que trabalhavam "a serviço de alguém". A Secretaria da Segurança Pública informou que as Corregedorias das Polícias Civil e Militar vão investigar o caso.
A briga pelo comando do Sindmotoristas envolve poder político e a gestão de um orçamento anual de cerca de R$ 15 milhões. A oposição diz que o sindicato fraudou a lista de eleitores e que não teve acesso às urnas antes da votação. O sindicato diz que a oposição não quer eleição e que não entregou a lista de mesários no prazo.