*Com informações da Agência Estado
Após o Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, afirmar ter “confiança total” no esquema de segurança organizado pelo governo nacional para a recepção do Papa Francisco, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse ter confiança no acolhimento da população ao pontífice, que deverá visitar o país em clima tranquilo, sem ocorrência de atos violentos: “A grande segurança do Papa será feita pelo povo brasileiro e pela juventude do mundo inteiro que vem ao Brasil”, declarou durante pronunciamento no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira, 17.
Gilberto Carvalho afirmou ainda que, de todo modo, o governo está tomando todas as medidas necessárias para que não ocorram incidentes durante a permanência de Francisco no país e que o esquema de segurança está sendo pensado em conjunto com a Guarda militar do Vaticano. O ministro conversou por telefone com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para tratar da jornada.
Um dos interlocutores mais próximos da presidente Dilma Rousseff o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também minimizou os riscos de manifestações populares afetarem a visita do papa Francisco ao Brasil, dentro da Jornada Mundial da Juventude. "Em todas as manifestações religiosas do País jamais tivemos qualquer tipo de conflito. Não acredito que interessa a quem quer que seja criar problemas, cada um saberá respeitar o seu espaço", avaliou.
"É muito importante receber a visita do papa. Todo mundo vai ter muita responsabilidade, será um evento de grande participação democrática, serena, religiosa", afirmou Mercadante, ao chegar ao Palácio Itamaraty para participar da 41ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Conforme informou nesta quarta o jornal O Estado de S. Paulo, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vê as manifestações nas ruas como a maior "fonte de ameaça" à visita do papa Francisco, tanto no Rio de Janeiro como em Aparecida (SP). O alerta estava exposto em um painel de informações na Abin, em Brasília, durante visita aberta a jornalistas, no qual apareciam seis "fontes de ameaça" para o Rio: incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, movimentos reivindicatórios, grupos de pressão e criminalidade comum. O maior nível de preocupação é com os chamados "grupos de pressão" como os protestos difusos, sem lideranças.