No método usado, o implante e a membrana doente foram retirados por uma microincisão na periferia da córnea e substituídos por tecido sadio. O risco de rejeição é de no máximo 1%. No terceiro dia após o tratamento do primeiro olho, a escritora carioca já enxergava e, no sétimo, tinha recuperado 100% da visão. O segundo olho foi operado na semana passada. Patrícia terá acompanhamento pelas próximas duas semanas.
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Mulher que teve olhos arrancados pelo filho será transferida de hospital no Rio de JaneiroGaroto de 11 anos teria arrancado olhos de gato no Distrito FederalAtivistas vestidos de baleia protestam contra exploração em AbrolhosPatrícia tinha olhos castanhos e desde adolescente usava lentes de contato. Em 2009, incentivada pelo então namorado, um cirurgião plástico, decidiu trocar a cor natural para verde. O procedimento não é realizado no Brasil. Por isso, a escritora viajou para o Panamá. No início de 2013, Patrícia começou a perder a acuidade visual. Em algumas semanas, a questão agravou-se ao ponto de a autora não conseguir mais enxergar o chão ou ver o prato de comida. Patrícia afirma que passou a depender de ajuda para as tarefas mais simples.
A clínica do Panamá é uma das poucas do continente que realizam cirurgias para mudança na cor dos olhos, mas o método não é considerado seguro. No Brasil, o procedimento está em fase experimental e ainda não foi aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Estima-se que 600 brasileiras já viajaram ao Panamá para mudar a cor dos olhos, mas não há dados sobre os casos de perda de visão - Patrícia foi uma das primeiras a tornar pública a complicação.