Porém, no entendimento da magistrada, essa lei "não é o que vigora hoje" . Com o advento da Constituição de 1988, eleições sindicais podem ser disputadas por pessoas nascidas no exterior. Esse tipo de entidade, diz a lei, "não se sujeita à vedação de eleição e voto de estrangeiro". A chapa de oposição é encabeçada pelo atual diretor de finanças do Sindmotoristas, José Valdevan de Jesus Santos, o Noventa, que já foi aliado de Jorginho.
Nesta sexta-feira, 19, o sindicato deverá se reunir com o Comando da Polícia Militar de São Paulo para discutir medidas de segurança a serem tomadas para a realização das eleições, que ocorrerão nas 32 garagens das empresas de ônibus que operam o serviço na capital paulista. Questões como a rota que as urnas vão fazer até esses locais estarão na pauta. O Ministério Público Estadual (MPE) também deverá acompanhar de perto a realização do pleito.
O mandato de presidente do sindicato dos motoristas dura cinco anos. A atual gestão de Jorginho termina oficialmente em 14 de novembro.
Disputa
A briga pelo comando do Sindmotoristas envolve poder político e a gestão de um orçamento anual de mais de R$ 15 milhões. A oposição diz que o sindicato fraudou a lista de eleitores e que não teve acesso às urnas antes da votação. O sindicato diz que a oposição não quer eleição e que não entregou a lista de mesários no prazo.
A Polícia Civil está investigando o tiroteio no sindicato. Há suspeita de que mais de 30 tiros tenham sido disparados tanto de dentro do sindicato, onde estava Jorginho, quanto de fora, onde estava Noventa.