A principal medida prática só foi anunciada na noite de quinta-feira, 18: uma comissão com policiais e integrantes do MP e do governo estadual vai investigar os atos de vandalismo. Informou-se ainda que o Ministério Público fotografou e filmou os protestos.
Durante o dia, em duas entrevistas, Cabral colheu confissões da cúpula da Segurança sobre a incapacidade para conter o quebra-quebra e, dos demais órgãos, declarações de apoio à democracia. No último momento, sua assessoria informou que, diferentemente do anunciado, o governador não falaria, porque “estava em reunião”. Em seu lugar, o governo divulgou breve e protocolar nota.
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Autoridades escalam 17 mil homens para atuar na visita do papa ao RioGoverno do Rio coibirá excessos de PMs, diz BeltrameRio de Janeiro tem alerta total para manifestaçõesGoverno do Rio recusa ajuda do Exército para conter violênciaEnquanto o governador continuava fechado no Palácio, sua equipe policial exibia perplexidade. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame; a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha; o comandante-geral da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho; e o chefe do Estado-Maior Operacional, coronel Alberto Pinheiro Neto, revelaram não saber o que fazer. Declarações de desconhecimento das passeatas articuladas via redes sociais se misturaram a problemas jurídicos para manter suspeitos presos e críticas ao acordo com entidades para moderar o uso de gás lacrimogêneo.
Uma das constatações foi de que a ausência de líderes claros impede a negociação. Para Beltrame, as autoridades estão “lidando com turba” e, nesses casos, não há um manual de como atuar. “Não podemos ter um plano engessado porque os protestos são flexíveis.”