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Sargento da PM é suspeito de assalto a banco no interiorHomens roubam banco no sertão da Paraíba e trocam tiros com a polícia95 de cada 100 reais roubados de bancos são feitos por computador, aponta FebrabanQuatro suspeitos são mortos após assalto em ConchasFalhas ocultam 8 mil homicídios por ano, mostra estudo"O que mais nos preocupa é essa curva de crescimento constante, porque foram 23 casos em 2011, passamos para 27 e chegamos a 30. Não se tem medidas por parte do setor financeiro que reduzam essas mortes", avaliou José Boaventura Santos, presidente da CNTV. O Rio de Janeiro é segundo estado em número de mortes, com cinco vítimas, seguido pela Bahia e pelo Rio Grande do Sul, ambos com três. Cerca de 60% dos casos, 18 mortes, correspondem aos assaltos ocorridos quando os clientes saem da agência, crime conhecido como saidinha bancária.
"Isso significa que ir a um banco hoje pode ser uma operação de risco", acrescenta Boaventura. Quase a totalidade das mortes (93,3%) correspondem a pessoas do sexo masculino. "Geralmente os homens sacam quantias maiores de dinheiro e são também maioria nas atividades de segurança. Eles estão mais expostos ao risco e reagem mais à ação dos assaltantes", avalia.
Ele acredita que faltam investimentos por parte das instituições bancárias que garantam aos clientes uma movimentação segura. "Foram investidos R$ 3,1 bilhões em segurança e vigilância em 2012, enquanto o lucro dos seis maiores bancos superou R$ 51 bilhões. E esse cálculo ainda envolve proteção de crimes eletrônicos, ou seja, o investimento real para segurança da vida das pessoas ainda é menor", apontou. O levantamento aponta que os bancos foram multados pela Polícia Federal em R$ 8,8 milhões pelo descumprimento de normas de segurança.
Como medidas de prevenção que poderiam ser adotadas, Boaventura aponta a instalação de biombos e divisórias, além de câmeras e portas de segurança. "A porta, por exemplo, deveria se tornar obrigatória. Defendemos também a blindagem das fachadas", sugeriu o presidente da confederação. Ele destacou que em João Pessoa, capital da Paraíba, onde uma lei municipal obriga a instalação de divisórias, não foram registrados crimes de saidinha bancária.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi procurada pela Agência Brasil para comentar os dados, mas não retornou até o momento da publicação da reportagem.