Sem levantamentos nacionais que coloquem as preferências e pensamentos do jovem católico em números, são os especialistas e o próprio fiel que desenham esse perfil ao Estado de Minas. A comparação entre o Censo de 2000 e de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que houve uma redução, em números absolutos, de 7,3% do total que têm entre 15 e 29 anos. Ainda assim, é menos expressiva que a queda verificada na quantidade de adeptos ao catolicismo em toda a população brasileira, que foi de 12,2% em 10 anos. “A religião era uma herança de família e isso acabou. Hoje, o jovem se torna católico porque quer. Então, embora em menor número, são mais religiosos que outras gerações”, avalia o teólogo da PUC de São Paulo Fernando Altemeyer Júnior.
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O professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Emerson Silveira, que tem estudos sobre a juventude católica, diz que o interesse por política se divide também pela ala que a pessoa escolhe na religião. “Aqueles que são católicos mais conservadores têm mais ligação com a direita política. Já os progressistas acabam se alinhando à esquerda.”
Protestos continuamO Grupo Anonymous Rio convocou uma segunda manifestação, para sexta-feira, durante a visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro. A segunda convocatória, para sexta-feira em Copacabana, se segue a uma manifestação prevista para hoje em frente à sede do governo da cidade, coincidindo com a reunião da presidente Dilma Rousseff com o papa. “Não é contra a Igreja Católica. A ideia é aproveitar a presença do papa, dos turistas e da imprensa global", disse o grupo no Facebook, que já convocou outras manifestações de rua em junho na cidade. As manifestações de rua de junho, durante a Copa das Confederações, reuniram um milhão de pessoas contra os bilionários gastos públicos para construir estádios para a Copa diante da falta de investimentos em saúde e educação reivindicados pelos brasileiros.