A vinda do papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude é destaque, nesta segunda-feira (22), em veículos da imprensa internacional. O pontífice deve chegar ao Rio de Janeiro, local escolhido para sediar o evento, à tarde. A jornada começa na terça-feira (23) e vai até o próximo domingo (28).
A agência de notícias argentina Telam informou que "milhares de jovens" portenhos participarão do encontro no Rio. Eles partiram da capital Buenos Aires "com bandeiras argentinas, chimarrões e violões para amenizar as longas horas de viagem". A agência pública também informa que parte do grupo deve participar de um encontro com jovens de favelas brasileiras.
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Já a agência portuguesa Lusa ressalta que o papa chega ao Brasil em um momento "em que as manifestações no maior país católico do mundo preocupam as autoridades nacionais", referindo-se aos recentes protestos no país, quando a população foi às ruas cobrar, principalmente, maior rigor no combate à corrupção e melhorias nos serviços públicos. A Lusa destaca ainda que a jornada ocorre em um período de "forte declínio no número de católicos no país" e informa que até domingo, o papa vai presidir várias celebrações, entre as quais uma missa campal que deve contar com 1,5 milhão de pessoas, vindas de todo o mundo.
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De acordo com autoridades, são esperados 800 mil turistas para a jornada, considerado o maior encontro internacional de jovens católicos. O ápice do evento deve ser a encenação da Via Sacra, na orla de Copacabana, na sexta-feira (26), e a missa de encerramento do evento em Guaratiba, no domingo (28). São esperadas mais de 1,5 milhão de pessoas nos eventos com o papa. A agenda do pontífice no país inclui ainda visita a comunidade pobre no Rio e ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.
Mais de 20 mil agentes e militares vão trabalhar na defesa e na segurança pública, durante o evento, sendo que 40 homens da Polícia Federal acompanharão Francisco em todos os compromissos no Brasil. Do total de militares, cerca de 7 mil homens do Exército farão a segurança em Guaratiba, na zona oeste. No Campo da Fé (Campus Fidei), os militares não vão carregar nenhum tipo de arma, mas podem abordar e retirar quem se comportar de maneira ofensiva.