O papa Francisco foi recepcionado por milhares de fiéis que se aglomeraram nas ruas do Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira, durante um percurso que chegou a registrar momentos de tensão. O pontífice circulou em um carro comum, de vidros abertos, por vias do centro da capital. O veículo chegou a ficar preso, sem conseguir seguir adiante na avenida Presidente Vargas, e os seguranças tiveram que conter os populares, que tentavam tocar o papa.
O pontífice chegou à Base Aérea do Galeão às 15h45 e foi recebido pela presidente Dilma Rousseff e autoridades. De lá, ele seguiu de carro até a Catedral Metropolitana, onde entrou no papamóvel. Durante o percurso, o papa beijou crianças, que foram levadas até a autoridade religiosa pelos seguranças. Com semblante de tranquilidade e mostrando disposição, mesmo após 11 horas de voo e diferença de fuso horário, o papa seguiu de helicóptero para o Palácio da Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, onde encontrou novamente com a presidente Dilma Rousseff, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e outras autoridades.
Após a execução dos hinos do Vaticano (Marcha Pontificia) e do Brasil, a presidente discursou, ligando a bandeira do governo federal - de redução da dificuldade e luta contra a pobreza - à missão do papa Francisco. Dilma afirmou que é uma honra receber um papa no país, ainda mais sendo o pontífice um latino-americano. A presidente afirmou que sabe que no Brasil está um líder religioso que divide os anseios do povo brasileiro pela inclusão social e igualdade.
Quebrando os protocolos, além do aperto de mão, papa Francisco cumprimentou a presidente Dilma Rousseff com um beijo no rosto, ao final do discurso. Depois ele passou a ser apresentado a todas as autoridades que estavam no local. O chefe da Igreja Católica está no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, que começa nesta terça-feira e vai até domingo.