Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) usaram bomba de gás lacrimogêneo para dispensar os manifestantes que estavam concentrados em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, no bairro de Laranjeiras, onde momentos antes ocorreu a cerimônia de boas-vindas ao papa Francisco, com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Os policiais reagiram a dois coquetéis molotov lançados por duas pessoas mascaradas infiltradas entre o grupo que participava do protesto pacificamente. Com a ação da PM, grupos de manifestantes se espalharam pelas ruas próximas, principalmente pela Rua das Laranjeiras em direção ao Largo do Machado. Neste momento, os policiais ocupam as esquinas das vias próximas ao palácio para evitar que os ativistas voltem a se concentrar no local. No momento da ação, o papa Francisco e as demais autoridades já tinham deixado o Palácio Guanabara. Os manifestantes que estavam em frente à sede do governo estadual era formados por pessoas ligadas ao movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais), estudantes, sindicalistas, ateus e agnósticos. Eles carregavam faixas e cartazes contra os gastos públicos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), e pediam investigações mais profundas contra o desaparecimento do pedreiro Amarildo Souza Lima, 47 anos, após ser confundido com um traficante e preso por militares da Unidade de Polícia Pacificadora da favela Rocinha, na zona sul, no último dia 14, onde sumiu após ter sido liberado. Durante o protesto, um grupo de mascarados queimou um boneco com a frase "Fora Cabral". Eles também impediram a passagem de dois carros da PM que foram obrigados a recuar. Dois ônibus com peregrinos da JMJ também foram impedidos de passar.