Depois de ser necropsiado, o corpo permanceu no IML para aguardar a chegada do pai da vítima de São Paulo, onde mora a família de Bruna. Valdir Gobbi, em entrevista à imprensa paulista, desabafou “Tiraram muito mais do que um pedaço de mim. A dor é sem limites”.
A família pretende processar o estado. O tio da vítima, o comerciante Davi Leonardo Alves, disse ontem que ainda não consultou um advogado, mas que o governo é responsável pela morte da sobrinha, já que “vários casos semelhantes foram registrados nos últimos anos e nada foi resolvido”. O secretário Wilson Damázio explicou que esse assunto ficará a cargo da Procuradoria do Estado, mas que não vê razão para a abertura de um processo. “Todas as medidas preventivas para evitar um acidente foram tomadas”, disse.
Leia Mais
Ministério Público recomenda proibição de banho de mar nas praias da Grande RecifeMorre turista atacada por tubarão em PernambucoTurista morta após ataque de tubarão será sepultada em Escada Família culpa Estado pela morte após ataque de tubarãoTurista é atacada por tubarão e perna é amputada em PEPernambuco vai testar telas de proteção para impedir ataques de tubarãoProibição de banho de mar em praia do Recife onde morreu turista é rejeitadaTurista vitima de ataque de tubarão é sepultada em clima de comoção em EscadaNa última segunda-feira, Bruna acordou às 6h e foi incentivada pelo bom tempo a ir à praia. “Ela parecia uma criança quando ganha presentes”, descreveu a prima e enfermeira Daniele Silva, que presenciou o ataque do tubarão. O passeio à praia havia sido programado no dia anterior. Pelo Facebook, ela detalhou a programação para o namorado, narrou os momentos de emoção ao reencontrar os parentes e expressou o desejo de voltar ao estado ainda este ano. “Seria em dezembro ou em janeiro, apenas para passar as férias”, informou a prima.
Bruna seguiu de ônibus para a praia com Daniele da Silva e três primos: Antônio Carlos da Silva, 17, Felipe Leonardo Alves, 14, e José Adalto da Silva, 18. Ela foi atacada cerca de 40 minutos depois de entrar no mar. Estava com a água na cintura, mas foi puxada 30 metros para dentro pela correnteza. A prima dela escapou, mas foi retirada da água pelos bombeiros desmaiada.