Há expectativa de novo confronto na noite de quinta-feira, 25, no Rio, quando manifestantes se reunirão em um protesto nas imediações da residência do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, zona sul do Rio. No ato, organizado pelo grupo "Fiscalização Popular do Governo do Rio de Janeiro", os manifestantes vão pedir a desmilitarização da polícia e a revisão das licitações em vigência no Estado, entre outras reivindicações.
O grupo Black Bloc participará do evento, organizando a "missa de sétimo dia dos manequins da Toulon", loja depredada no protesto do dia 17. "Vamos nos reunir para homenagear os manequins queimados, pois são mais valiosos do que as pessoas que foram assassinadas na Maré", ironizou o grupo, referindo-se aos 10 mortos no complexo de favelas da zona norte do Rio durante ação policial do dia 25 de junho.
Este será o sétimo protesto realizado próximo à residência do governador desde que eclodiram as manifestações de rua na cidade, em junho. Nos dois últimos, realizados nos dias 4 e 17 deste mês, houve confronto entre policiais e manifestantes, com pelo menos cinco feridos e 20 detidos. Foram registrados atos de vandalismo e depredação, e a polícia utilizou spray de pimenta, bombas de efeito moral e um caminhão equipado com jato d'água contra os manifestantes.
Outros dois protestos também estão previstos para ocorrer nesta semana, em Copacabana. Na sexta-feira, 26, às 18 horas, enquanto o papa Francisco estiver presidindo a Via Sacra, manifestantes se reunirão para o ato batizado de "Papa, veja como somos tratados", protestando contra a corrupção e pela melhoria dos serviços públicos. No sábado, 27, enquanto as atividades da Jornada Mundial da Juventude se concentram no Campus Fidei, em Guaratiba, zona oeste do Rio, a Marcha das Vadias planeja um novo ato na zona sul. Os manifestantes se concentrarão a partir das 14 horas no Posto 5, em Copacabana, de onde devem caminhar pela orla em direção ao Posto 2.