Ela explicou que o ideal seria se cada uma das paróquias da Arquidiocese do Rio de Janeiro e das dioceses vizinhas pudesse manter seis agentes em cada unidade prisional. "É o que estamos pedindo para o governo estadual. O papa vem falando que temos que ter misericórdia. São argumentos que poderemos usar para tentar convencer as autoridades", disse a coordenadora.
A situação prisional brasileira é criticada por organismos internacionais e entidades de direitos humanos. Segundo dados do Ministério da Justiça, o País tinha 548 mil presos em dezembro de 2012, mas apenas 310 mil vagas no sistema prisional, somando todos os Estados. "Somos o quarto país no mundo no tamanho da população carcerária. As cadeias estão superlotadas, e as barreiras de atuação nesses locais ainda são muitas", reclamou Vera Lúcia.
A atuação da Pastoral Carcerária é voltada tanto a proteger os direitos dos presos - levando doações quando necessários ou denunciando a má qualidade dos presídios, por exemplo - quanto de estimular a prática da religião católica entre os detentos. "Nós focamos a relação do preso com a família e com a religião. Quem tem esses dois pilares fortes, a certeza de uma recuperação após a saída da prisão é alta", afirmou.