Jornal Estado de Minas

SP deve voltar a ter protestos na semana que vem

Agência Estado
Enquanto no Rio de Janeiro as manifestações não cessaram, na capital paulista as últimas semanas foram de relativa tranquilidade no que diz respeito aos protestos. No entanto, para a semana que vem já há pelo menos dois atos programados.
Na segunda-feira, 29, a Polícia Civil de São Paulo promete deflagrar a Operação Blecaute, que prevê a interrupção das atividades por duas horas, das 10h às 12h. De acordo com a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADESP), o ato visa protestar "contra as péssimas condições de trabalho impostas pelo governo". Entre as reivindicações estão: a reestruturação da Polícia Civil com carreira jurídica para delegados, nível universitário para investigadores e escrivães e recomposição salarial. "O objetivo é protestar contra a desvalorização e o sucateamento da Polícia Civil impedindo-a de prestar um serviço de melhor qualidade, prejudicando o atendimento e o esclarecimento de diversos crimes, aumentado a impunidade e diminuindo a segurança", diz a entidade, em nota.

As delegacias estarão abertas durante a paralisação, mas não realizarão atendimentos. A ADESP afirma que a data do protesto foi escolhida simbolicamente no dia do nascimento da Princesa Isabel, "significando também que a Polícia Civil é composta por não escravos, mas por guerreiros". Na ocasião, os policiais civis portarão uma faixa negra no braço "em sinal de vergonha".

Segundo a ADESP, entidade que reúne mais de 4 mil delegados associados e organizadora da paralisação, não há uma estimativa oficial do número de policiais que devem cruzar os braços, mas a ideia é paralisar toda a categoria.

Após a paralisação, ADPESP e Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP) pretendem fazer uma marcha "contra a arbitrariedade e escracho ao qual a categoria foi submetida com o episódio da prisão dos delegados do Denarc". A marcha deve partir, às 14h, da Av. Ipiranga, 919 (sede da ADPESP), no centro da capital, e seguir até a Procuradoria Geral de Justiça, na esquina da Rua Riachuelo com a Av. Brigadeiro Luiz Antônio, também na região central.

Médicos


Na próxima quarta-feira, 31, será a vez de médicos, estudantes e residentes do Estado de São Paulo realizarem um protesto. A categoria, organizada por meio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, é contra o Programa Mais Médicos, criado pelo governo federal no início do mês, por meio da Medida Provisória 621.

A expectativa é de que os manifestantes se reúnam, a partir das 16h, no estacionamento da sede da Associação Paulista de Medicina, no centro da capital, e façam passeatas pelas Avenidas Brigadeiro Luiz Antônio e Paulista até a sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, na Rua da Consolação.