Jornal Estado de Minas

Copacabana recebe três milhões de pessoas durante JMJ

A chefe da polícia do Rio, Marta Rocha, informou que não foi registrado nenhum crime grave relacionado à Jornada

Agência Estado
- Foto: VANDERLEI ALMEIDA / AFP
Famosa por reunir multidões durante a festa de Réveillon, a praia de Copacabana, na zona sul do Rio, registrou hoje o maior público de sua história: três milhões de pessoas, segundo os organizadores da Jornada. Isso significa o dobro do público recebido no Réveillon, de 1,5 milhão de pessoas, e um milhão a mais do que o público que prestigiou a edição anterior da Jornada Mundial da Juventude, na cidade espanhola de Madri.
Francisco só chegou a Copacabana às 18h40, mas desde o início da manhã milhares de pessoas já estavam na praia à espera do pontífice. Enquanto passava por entre o público, os fiéis lançaram centenas de presentes para Francisco - cartas, bonés, muitas bandeiras (de países a times de futebol), e até volumes maiores, como livros. Uma das bandeiras chegou a encobrir a cabeça do motorista, e foi retirada pelo próprio papa. Os seguranças tiveram dificuldade para impedir que os objetos acertassem o papa. Formou-se uma pilha de presentes no banco traseiro.

Em vários momentos, o papamóvel parou para que Francisco beijasse bebês e crianças. Ele também fez questão de tocar uma bandeira da Argentina. Francisco começou o desfile usando um sobretudo, para se proteger da temperatura baixa. Ao longo do trajeto, porém, ele retirou o casaco e ficou apenas com a batina branca.

Durante o dia, muitos peregrinos arriscaram mergulhos na Praia de Copacabana, apesar do vento frio. O Corpo de Bombeiros chegou a fazer um apelo para que os fiéis não entrassem no mar. "O mar está revolto e vários afogamentos já aconteceram. Se continuarem a mergulhar não haverá salva vidas suficientes para dar conta dos salvamentos", disse o locutor no palco. Os bombeiros fizeram 106 salvamentos, mas não houve registro de mortes.

A grande dificuldade dos peregrinos foi com relação aos banheiros químicos, que foram instalados junto aos prédios da Praia de Copacabana. Quem estava na areia não conseguia vencer a barreira humana para atravessar da praia para o outro lado da calçada. A opção era utilizar banheiros de quiosques, que são cobrados - em alguns pontos, a fila demorava 50 minutos.

A chefe da polícia do Rio, Marta Rocha, informou que não foi registrado nenhum crime grave relacionado à Jornada. Segundo ela o número de furtos foi alto, porém o balanço será divulgado apenas ao final da Jornada.