A presidente Dilma Rousseff e sua colega argentina Cristina Kirchner foram ignoradas pelo papa Francisco, na manhã deste domingo, durante a Missa do Envio, ponto alto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Copacabana. Na homilia e nos comentários finais da cerimônia, o papa fez referências apenas a representantes da Igreja Católica que organizaram o evento.
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Dilma e Cristina assistiram à missa na primeira fileira de cadeiras reservadas a chefes de Estado. Também estavam presentes na cerimônia os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Suriname, Dési Bouterse, além do vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, que aceitaram convite do Itamaraty.
Dilma e Cristina só não passaram despercebidas pela multidão que lotou a praia porque, num rápido momento antes de o papa subir ao altar, os telões as mostraram com chapéus e óculos escuros, aparentemente numa situação de desconforto diante do sol. A presidente argentina, com seu tradicional vestido preto de luto, chegou a oferecer a Dilma um espaço embaixo de uma sombrinha escura.
Após a cerimônia, Dilma, Cristina e outros chefes de Estado presentes na missa foram levados para uma sala VIP construída embaixo do altar. Quinze minutos depois, o papa apareceu. Francisco permaneceu apenas sete minutos na sala. Foi o tempo em que agradeceu a Dilma pela realização do evento e cumprimentou os demais presidentes e oito ministros da comitiva brasileira.
No rápido encontro com Francisco, Dilma se limitou a comentar que a missa tinha sido "muito bonita". Depois que o papa deixou a sala a presidente ainda foi cumprimentada por Cristina, Evo, Bouterse e Astori. De Copacabana, Dilma pegou um helicóptero da Força Aérea Brasileira para o Aeroporto Santos Dumont, de onde embarcou para Brasília no início da tarde. "A presidente Dilma foi apenas uma fiel", comentou um assessor do Planalto.