Do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal d. Raymundo Damasceno Assis, a bispos e teólogos de diferentes tendências, todos elogiaram com entusiasmo as palavras e gestos do papa.
“Com cara de brasileiro e não só de argentino, Francisco tem sido um magnífico profeta, como ficou claro em seus contatos com dependentes químicos num hospital, com crianças ao lado do papamóvel e com os moradores da comunidade da Varginha”, disse d. Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC), que abraçou o papa duas vezes em Aparecida. “Ele nos convida para um encontro vivo com Jesus, abrindo os braços à misericórdia, à solidariedade, à justiça e à paz.”
O cardeal adverte que, após essa visita, fica para a Igreja a preocupação de incentivar ainda mais o trabalho com a juventude. Já para d. Fernando Arêas Rifan, da Administração Apostólica Pessoal João Maria Vianney, “Francisco é um papa pastoral que nos incentiva a atrair para a Igreja os jovens alimentados pela fé”, disse.
“Francisco fez no Rio uma visita de pastor sem estardalhaços, dando seu recado sem se deixar levar por políticos, tratados com educação, mas a distância”, afirmou padre Manoel Godoy, diretor do Instituto Teológico Santo Tomás de Aquino, em Belo Horizonte. Ex-assessor da CNBB, padre Godoy prefere não fazer julgamento definitivo. Quer esperar até outubro para ver como o papa vai atacar os problemas da Cúria Romana.
“A novidade, em comparação com João Paulo II e Bento XVI, é que ele não chegou com um discurso pronto como simples reafirmação da doutrina, mas falou com base na realidade, improvisando com mensagens curtas e simples”, disse padre João Batista Libânio, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, de Belo Horizonte.