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Cedae faz levantamento de prejuízos com rompimento de adutoraRompimento de adutora no Rio deixa uma criança morta e 16 feridosMais uma adutora se rompe no Rio de JaneiroMoradores de Campo Grande xingam Cabral e Paes de corruptos e safadosCabral confirma que Cedae custeará novas casasO mecânico Agilson da Silva Serpa, de 42 anos, conta que estava em casa com a esposa, o cunhado e a enteada de 8 anos. “A água começou a bater no telhado e pensamos que era chuva. Mas estava muito forte. Tentamos nos abrigar no banheiro, mas as paredes da casa começaram a cair. Aí tentamos sair, mas fomos levados pela correnteza”, conta o morador, que teve ferimentos nas pernas, no rosto e no braço.
Segundo ele, a correnteza foi tão forte que fez com que os parentes se perdessem e só se reencontrassem 30 minutos depois. As outras três pessoas que estavam na casa tiveram que ser encaminhadas ao hospital. Agilson conta que três carros que estavam sendo consertados por ele foram destruídos.
O diretor de Produção da Cedae, Jorge Briard, disse que as pessoas que tiveram suas casas danificadas serão alocadas em hotéis ou motéis de Campo Grande para ficarem perto de suas casas. Eles terão alimentos e medicamentos fornecidos pela empresa e pelo governo fluminense.
Técnicos da Cedae já estão fazendo mapeamento dos danos e prejuízos causados. As casas serão reconstruidas e os pertences perdidos serão restituídos, segundo Briard. O trabalho de reparo da tubulação deve ser concluído até o final da noite de hoje. De acordo com a Cedae, o abastecimento em outros locais da cidade não sofreu impacto, mas os moradores de Campo Grande devem ter alguma restrição no fornecimento. O abastecimento de água na região deverá ser normalizado até o início da madrugada de quarta-feira.
Os bombeiros continuam o trabalho de resgate de pessoas que ficaram ilhadas em decorrência do alagamento provocado pelo rompimento da tubulação. Alguns moradores estão protestando contra o governador, Sérgio Cabral, e o prefeito, Eduardo Paes. As duas autoridades estão se deslocando para a área. Um dos moradores segura uma placa com os dizeres “Até quando vamos aguentar tantas tragédias?”.