No fim da tarde desta terça-feira, 30, PMs encontraram em um valão da Rocinha um corpo em estado avançado de decomposição. "Não é o Amarildo, o corpo é de uma mulher", disse a sobrinha do pedreiro, Michelle Lacerda. No início da noite, a Polícia Civil confirmou a informação.
Está prevista para esta quarta-feira, 31, a coleta de material genético para exame de DNA de um dos filhos de Amarildo - o objetivo é verificar se marcas de sangue encontradas por peritos no banco traseiro de uma das viaturas da UPP da Rocinha é de Amarildo. Em nota, a Polícia Civil informou que as câmeras de segurança da Rocinha foram encaminhadas à perícia e que os aparelhos de GPS das viaturas estão sendo analisados. Também foram realizadas buscas na zona portuária. O delegado responsável pela investigação, Orlando Zaccone, deverá concluir nesta quarta um relatório sobre o caso, que será encaminhado para a Delegacia de Homicídios.
Após o sumiço do pedreiro, os gritos de "Cadê o Amarildo" tornaram-se frequentes em manifestações realizadas no Rio contra o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB). "A principal suspeita recai sobre os policiais da UPP. Não temos até o momento nenhuma novidade que mude o rumo da investigação. O que se tem clareza é que ele sumiu após a intervenção dos policiais da UPP", disse o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio.
A família de Amarildo, pai de seis filhos, continua morando na Rocinha e organiza um protesto para quinta-feira, 1º de agosto.