Jornal Estado de Minas

Julgamento do Massacre do Carandiru recomeça com interrogatório dos réus

Mais de 111 detentos morreram na ação da PM paulista para reprimir uma rebelião em 1992

Agência Brasil
Recomeçou por volta do meio-dia desta quarta-feira a segunda etapa do julgamento do Massacre do Carandiru com o interrogatório dos réus. O primeiro a prestar depoimento é o coronel Valter Alves Mendonça. O policial informou que está afastado das suas funções há um ano e meio. Ele prestou esclarecimentos em plenário sobre a formação e o funcionamento da Polícia Militar naquela época.
A ação para reprimir a rebelião no Carandiru, em 1992, resultou em 111 mortes e 87 detentos feridos, ficando conhecida como o maior massacre do sistema penitenciário brasileiro. Nesta etapa, estão sendo julgados 25 policiais militares. Até segunda-feira (29), falava-se em 26 réus, mas o Tribunal de Justiça (TJ-SP) confirmou nesta terça-feira que um deles já morreu.

Até agora, a segunda fase do julgamento já ouviu testemunhas como o ex-governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, o ex-secretário de Segurança Pública, Pedro Franco de Campos, e o perito Osvaldo Negrini Neto. Se o cronograma for mantido, na quinta-feira, o julgamento continua com a leitura de peças e exibição de vídeos. Para sexta-feira (2), está programado o início da fase de debate entre acusação e defesa. A decisão dos jurados deve sair na madrugada de sexta-feira para sábado (3).