Segundo ela, o abuso de autoridade e a violência policial é algo com o qual "não podemos mais conviver". "A situação do Amarildo não pode cair numa amplitude tal que tenhamos como resposta dizer que muitas pessoas estão desaparecidas após abordagem policial. A primeira suspeição que todos devemos ter é de responsabilidade pública nesse desaparecimento", afirmou.
Cerca de 300 manifestantes participaram nesta quinta-feira, 1, à noite de um protesto que começou na Favela da Rocinha e seguiu até a casa do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Perguntada sobre se o episódio do ajudante de pedreiro não revelaria a falência do modelo de pacificação das favelas cariocas, Maria do Rosário respondeu: "Não, demonstra que sempre temos o que melhorar.
Demonstra que, mesmo em comunidades pacificadas, nós devemos procurar construir uma cultura de polícia que esteja próxima da comunidade. A polícia tem de ser o mocinho, estar junto das pessoas da comunidade". "Não podemos jogar fora as experiências que temos tido de pacificação", afirmou. "Devemos ler essa situação como aquela condição em que as comunidades devem estar livres da ação do tráfico e dos grupos organizados do crime e poderem confiar plenamente em sua polícia", afirmou.