Os acusados foram condenados por homicídio qualificado de 52 dos 111 presos mortos. Para chegar à decisão, os jurados tiveram que responder a 7,3 mil perguntas, divididos em quatro quesitos para cada um dos réus. Entretanto, a pedido da promotoria, o juiz absolveu os PMs da acusação pela morte de 21 detentos. Os policiais militares respondiam pela materialidade e autoria do crime, além de qualificação do delito.
A previsão é que a próxima audiência ocorra em três meses. A tropa de choque foi comandada pelo coronel Ubiratan Guimarães, condenado a 632 anos de prisão, mas depois absolvido. O militar foi encontrado morto em setembro de 2006.
Doente
A advogada de defesa dos 25 policiais e ex-policiais militares, Ieda Ribeiro, afirmou que “o sistema é doente”, após seus clientes terem sido condenados. “Hoje, a sociedade perdeu e o mundo do crime ganhou”, disse a defensora. “O processo é falho. O sistema é falho. O sistema judiciário. O sistema de condução desse processo, em 21 anos, nunca trouxe essa novidade (das 21 mortes que não foram atribuídas à tropa em julgamento)”, acrescentou, ao deixar o Fórum Criminal, na Zona Oeste de São Paulo.
Os policiais perderão o cargo público ainda em exercício, mas essa decisão só vai valer depois de julgados todos os recursos.