A secretária ordenou que a PM se retirasse e autorizou os manifestantes a permanecer no prédio até esta terça-feira, 6, quando haverá uma reunião para discutir quem vai gerir o imóvel. Segundo o projeto inicial do complexo esportivo do Maracanã, o prédio seria derrubado para dar lugar a um estacionamento.
Com as primeiras manifestações, o governo do Estado decidiu manter e reformar o imóvel para transformá-lo em museu olímpico. Como as críticas continuaram, o governo decidiu adaptá-lo para funcionar como um centro cultural indígena. A secretária avisou nesta segunda-feira aos invasores que a hipótese de o prédio servir como moradia está descartada.
O governo pretende que a administração do centro indígena seja atribuída a alguma instituição pública ou entidade, mas os índios defendem que algumas etnias fiquem responsáveis pelo local. O encontro de hoje vai reunir Adriana Rattes, outros representantes do governo estadual e líderes de 18 etnias indígenas.
Em outubro de 2012 o governo do Estado anunciou a intenção de demolir o antigo Museu do Índio, que estava ocupado por um grupo de indígenas. Eles se recusaram a sair e foram retirados em março deste ano, em uma operação truculenta em que a PM foi muito criticada. Depois disso houve várias tentativas de reocupação do prédio.