Leia Mais
Perícia localiza três armas e luvas na casa onde menino teria matado a famíliaImagens mostram menino Marcelo saindo do carro da mãeFamília de PMs assassinada é enterrada em São PauloColega de escola diz que filho de PMs já planejava matar a famíliaPolícia investiga se filho matou pais PMs e cometeu suicídioLuiz Marcelo Pesseghini era sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e estava na corporação há 19 anos; sua mulher, Andreia Regina Bovo Pesseghini, era cabo da 1ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar, com base na Freguesia do Ó, também na zona norte, e era PM há 16 anos. Também foram mortas a mãe de Andreia, Benedita de Oliveira Bovo, de 65 anos, e uma irmã dela, Bernardete Oliveira Silva, de 56, que ocasionalmente dormia na mesma casa. O menino, de 12 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, foi encontrado com um tiro do lado esquerdo da cabeça.
O sargento da Rota entraria às 5h de segunda no trabalho e a mulher, às 9h. Como ela não foi à companhia, um oficial foi checar na residência, mas pensou que não havia ninguém em casa. À tarde, policiais voltaram à casa, pularam o muro e encontraram a porta entreaberta. Perto da entrada estava a mochila de Marcelo e, dentro dela, um revólver calibre 32.
O carro Corsa Classic da família não estava na garagem. Ele foi encontrado estacionado na frente do colégio em que o garoto estuda, uma escola particular na zona norte. Anotações na agenda do menino indicam que ele foi à escola na manhã de ontem. A polícia agora tenta estabelecer a cronologia do caso.
A Polícia foi acionada por volta das 18h30. Cerca de 20 viaturas e 60 homens, entre soldados da PM e investigadores da Polícia Civil, estiveram no local. Além do coronel Meira, o comandante do Policiamento de Choque (que inclui a Rota), o coronel da PM César Augusto Franco Morelli, esteve na residência. A rua chegou a ser interditada e ficou cercada de vizinhos e curiosos.
Cena do crime
A residência é formada por duas casas. Numa delas, foram encontrados os corpos do sargento, de sua mulher e do filho. Pesseghini estava deitado na cama, a mulher de joelhos, com o dorso para frente. As outras duas mulheres foram encontradas na outra casa, deitadas cada uma em uma cama e cobertas. Ainda são analisadas diversas hipóteses, incluindo a de um crime familiar, seguido de suicídio.
Na sexta-feira, a prisão de tesoureiros do crime organizado em São Bernardo do Campo fez com que as Polícias Civis e Militar divulgassem um alerta sobre possíveis retaliações. Mas ninguém havia confirmado esta hipótese na noite dessa segunda. Os corpos só foram retirados no final da noite pelo Instituto Médico-Legal (IML).