Jornal Estado de Minas

Família de PMs assassinada é enterrada em São Paulo

Sepultamento aconteceu em cerimônia fechada em Rio Claro, na tarde dessa terça-feira

Agência Estado

Velório do casal foi acompanhado por policiais da Rota no Cemiterio Gethsemani Anhanguera, em São Paulo - Foto: ADRIANO LIMA/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADAO CONTEUDO

Os corpos sargento da Rota Luis Marcelo Pesseghini, de 40 anos, de sua mulher, cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, do filho do casal, Marcelo Eduardo, de 13 anos e da avó Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, foram enterrados na tarde desta terça-feira, 6, em Rio Claro (SP).
Em uma cerimônia fechada, no Cemitério Parque das Palmeiras, quatro dos cinco mortos na chacina ocorrida em São Paulo foram sepultados por volta das 18h. Os corpos chegaram em Rio Claro em carros escoltados por viaturas da Rota.

O corpo da tia do casal, Bernadete Oliveira da Silva, foi enterrado à tarde no Cemitério Parque Gethsemani Anhanguera, em São Paulo.

"Filho planejava matar família", diz colega

Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil e evidências levantadas na cena do crime apontam que o estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, matou quatro pessoas da sua família e depois se suicidou. "Tudo indica que foi uma tragédia familiar", disse o delegado Itagiba Franco, diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil (DHPP), na tarde desta terça-feira, 06.

Evidências apontam que Marcelo Eduardo Pesseghini, filho do casal, teria sido o responsável pelo assassinato da família - Foto: Reprodução / Facebook Os corpos de Marcelo, de seus pais - Luiz Marcelo Pesseghini, de 40 anos, e Andreia Regina Bovo Pesseghini, de 36 -, de Benedita de Oliveira Bovo, de 65, sua avó, e Bernardete Oliveira Silva, de 55, tia-avó foram encontrados na tarde de segunda-feira, 05, na casa da família na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo.

Um dos principais testemunhos foi dado nesta terça pelo melhor amigo de Marcelo, um jovem de 13 anos que estudava na mesma classe que ele e teve a identidade preservada. Segundo a testemunha, Marcelo havia dito que tinha o desejo de fugir de casa e que tinha o sonho de ser matador de aluguel. Ele tinha os planos de matar os pais durante a noite e morar em um lugar desconhecido. Segundo o colega, Marcelo havia dito isso várias vezes e repetido recentemente, antes da tragédia.

Uma das professoras de Marcelo também disse, em depoimento, que ele havia perguntado se ela já tinha dirigido quando criança e se já tinha feito algum mal aos pais. Outra professora disse que Marcelo teria dito que havia dirigido um buggy.

Na cena do crime, Luiz foi morto de bruços, enquanto dormia; Andreia estava de joelhos com a cabeça pra frente, enquanto Benedita e Bernadete também estavam em uma posição de quem estava dormindo, segundo a polícia. Marcelo estava caído em cima da arma que provocou as mortes. Além disso, ele segurava a arma com a mão esquerda. Apesar de um parente afirmar que ele era destro, o delegado Itagiba disse que, após ouvir as testemunhas, não havia dúvida de que o adolescente era canhoto.

A polícia acredita que Marcelo matou os pais e, depois, foi pra escola de carro - o Corsa Classic da família havia sumido e foi encontrado em frente à escola. A chave também tinha desaparecido mas, nesta terça-feira, a polícia afirmou que encontrou a chave no bolso de uma jaqueta do menino.

Veja vídeo em que menino é flagrado indo para a escola: