Imagens de câmeras nas ruas próximas à escola onde Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini estudava ajudaram, na terça-feira, 6, os policiais a compreender o que pode ter ocorrido entre a noite de domingo, 4, e a tarde de segunda-feira,5, período que levou para que toda a tragédia tivesse fim.
O filho de Bernardete, a tia-avó do menino, foi o último a falar com a família antes do crime. Ele assistiu à televisão com a mãe, por volta das 21 horas de domingo, e foi embora sem perceber nada diferente.
Perto da 1h15 de segunda-feira, 5, o carro da mãe de Marcelo, o Corsa Classic, encosta em uma rua próxima à escola. O garoto sai do veículo só perto das 6h30, pouco antes de ir para a aula. Está com a mochila onde a polícia encontrou o revólver 32.
Ao sair da aula, perto das 12h30, Marcelo pegou carona com o pai de seu melhor amigo. Disse que sua mãe estava trabalhando na vizinhança e, por isso, deixou o carro lá. Ainda pediu para pegar um objeto dentro do carro que havia ficado estacionado.
O pai de seu amigo o deixou na frente de casa. Marcelo pediu para ele não buzinar e disse que seu pai deveria estar dormindo. “Acreditamos que o crime aconteceu entre 22 horas de domingo e 1 hora de segunda-feira. Marcelo ficou no carro e depois foi assistir à aula. Ao que tudo indica, pegou o revólver no carro da mãe e, depois, se matou”, explica o comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira, que esteve no local do crime na segunda-feira.
Inicialmente, a PM achou que o assassinato poderia ter sido praticado por integrantes do crime organizado. Na sexta-feira, 2, a Polícia Civil havia divulgado um comunicado de alerta aos seus homens depois de prisões de tesoureiros do PCC em São Bernardo do Campo e na Baixada Santista. O mesmo fez a Polícia Militar. “Fui ao local para checar pessoalmente o que havia ocorrido. Mas vimos que era uma tragédia familiar”, disse Meira.
Veja momento em que o garoto é flagrado indo para a escola: