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CFM reafirma que falhas impediram inscrição de brasileiros no Mais MédicosApenas 6% das vagas oferecidas pelo Mais Médicos foram preenchidas na primeira faseRevalida para médicos brasileiros será em 25 de agostoDiário Oficial publica regras do Revalida para estudantes brasileiros de medicinaAlunos de medicina brasileiros terão de fazer o exame revalidaMais de 1700 inscritos fazem Revalida neste domingoMédicos fazem atos em Brasília contra o Programa Mais MédicosComo a participação é voluntária, a preocupação do Inep - e de especialistas - é que houvesse baixa adesão ao pré-teste, ou mesmo boicote, não sendo possível alcançar uma amostra significativa. Os resultados vão “subsidiar eventuais ajustes na prova, nas edições seguintes”, como indica o comunicado. O Inep nega que os dados do pré-teste serão usados para reduzir a dificuldade do Revalida. Nas últimas duas edições, o exame registrou índices de reprovação acima de 90%.
Para receber os R$ 400, os alunos terão de comprovar a participação, com assinatura na lista de presença, e não ter a prova anulada ou nota zero. O Inep indica que os valores sejam usados para pagar a inscrição em programas de residência, mas não há obrigatoriedade para a finalidade do dinheiro.
O instituto informou, em nota, que não há embasamento legal que possibilite uma associação direta entre o pagamento do auxílio e a obrigatoriedade do uso na taxa de inscrição em prova de residência médica.
O Inep alegou que incentivos estão previstos na Lei 11.507, de 2007, que institui o Auxílio de Avaliação Educacional (AAE). “O pagamento do auxílio de avaliação educacional foi uma demanda feita pelos coordenadores de cursos de Medicina, com o objetivo de auxiliar os participantes no pagamento da taxa de inscrição na prova de residência médica. O Inep entendeu que a solicitação é justa”, afirmou o órgão.
Contrapartida
Bráulio Luna Filho, membro da comissão de especialistas que negocia alterações no programa Mais Médicos com o governo federal, disse não ver problemas em pagar para evitar que os estudantes boicotem a prova, mas o investimento tem de ser adequado. “Se não tivesse essa contrapartida, provavelmente os alunos não fariam a prova ou a fariam de qualquer jeito”, disse ele, que também é responsável pela avaliação dos formandos feita pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).
“Gastar dinheiro com pesquisas e avaliações não é problema, desde que a amostra seja bem feita. E a amostra de universidades de São Paulo selecionadas para fazer o Revalida não é representativa e é enviesada”, afirmou Luna Filho, em referência à escolha de apenas três instituições particulares paulistas, “sem representatividade” e com baixo desempenho, para participar da calibragem.
Exame
O pré-teste do Revalida será aplicado a alunos de 32 cursos de Medicina - 17 instituições privadas e 15 públicas. Com base no número de formandos das instituições selecionadas, cerca de 4 mil alunos devem fazer o exame. A prova será a mesma aplicada aos candidatos diplomados no exterior, mas estudantes brasileiros só farão a parte teórica.