Jornal Estado de Minas

Manifestantes ocupam no Rio gabinete do vereador Brazão

AgĂȘncia Estado
Na manhã desta sexta-feira, 9, manifestantes ocuparam no Rio de Janeiro o gabinete do vereador da base governista Chiquinho Brazão (PMDB), que pouco antes havia sido nomeado para a presidência da CPI dos Ônibus instalada na Câmara Municipal local. Paredes e fotos do vereador foram pichadas com frases como "Brazão, ladrão". Em seguida, parte do grupo seguiu para o gabinete do vereador Professor Uóston, eleito relator da CPI, e tentaram arrombar a porta.
O prédio da Câmara já havia sido ocupado por manifestantes na quinta-feira, 8. O grupo invasor deixou o local apenas no final da madrugada, após a Polícia Militar agir usando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes. Nesta sexta-feira, 9, cerca de 200 pessoas conseguiram entrar no prédio da Câmara. Eles reivindicam a renúncia de Brazão e defendem o nome de Eliomar Coelho (PSOL) para a presidência da CPI.

Por volta das 11 horas, um grupo tentou ocupar o salão nobre da Casa. A votação havia começado por volta de 9h30 e poucos conseguiram entrar no prédio para acompanhar a sessão. Foram impedidos por seguranças. Contrariados, manifestantes chegaram a forçar a porta de entrada e outros conseguiram pular um portão. Quando a porta lateral da Rua Evaristo da Veiga foi aberta para a saída de vereadores, um grupo entrou e seguiu para o gabinete de Brazão, que no entanto não se encontrava no local.

Antes da confusão, o vereador Renato Cinco (PSOL) deixou a seguinte declaração em sua página no Facebook: "A Bancada governista já ligou o forno para tentar assar a pizza da CPI dos Ônibus e conseguiu mudar a data de abertura da comissão para esta sexta. Precisamos da casa cheia para exigir que o vereador Eliomar Coelho seja o presidente. É importante lembrar que nenhum desses 4 vereadores sequer apoiou a criação da CPI! Além disso, um deles (Chiquinho Brazão) disse que o cartel das empresas é uma questão "periférica' e o vereador Professor Uóston afirmou que a CPI tem pouca coisa para investigar."