Jornal Estado de Minas

Vereador não aparece para reunião com manifestantes no Rio

Grupo ocupa plenário desde a manhã de sexta-feira. Eles se opõem à composição da CPI do ônibus, que investiga o transporte público carioca

Agência Brasil
O presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe (PMDB), não honrou o compromisso assumido na sexta à noite com os manifestantes que ocupam o prédio, na Cinelândia (centro). Ele não apareceu para a reunião marcada para as 11h com as lideranças do protesto. Aos que o procuraram por telefone, o político dizia apenas que se atrasaria.
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Os manifestantes listaram cinco reivindicações para que comecem a pensar em deixar o Palácio Pedro Ernesto (sede do Legislativo municipal). A principal delas, a impugnação da sessão de ontem da Câmara que escolheu os representantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará os mecanismo de concessão de linhas de ônibus pela Prefeitura do Rio.

Os idealizadores do protesto não aceitam que a presidência e a relatoria estejam a cargo de deputados que integram a base do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O presidente é o peemedebista Chiquinho Brazão, que teve o gabinete invadido e pichado ontem. O relator, também do partido do prefeito, é o deputado Professor Uóston, cujo gabinete quase foi invadido e teve a porta pichada.

A segunda reivindicação é o afastamento da CPI dos quatro membros que recusaram-se a assinar o requerimento que resultou na sua instalação. São eles Brazão, Professor Uóston, Jorginho da SOS (PMDB) e Renato Moura (PTC).

O terceiro item da lista é assegurar a "participação ampla e irrestrita" da população nos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito. A quarta, a escolha para a presidência da CPI do deputado Eliomar Coelho (PSOL), autor do requerimento de instalação. A quinta, a participação na Comissão apenas de deputados signatários do requerimento.

No momento, os jornalistas estão barrados do lado de fora da Câmara, pela Polícia Militar (PM). No local estão cerca de 50 manifestantes tentando entrar no prédio. No plenário, dormiram 56 manifestantes, vigiados por 15 policiais militares..