Jornal Estado de Minas

Sargento teria sido morto 10 horas antes do restante da família em São Paulo

A informação se baseia na análise das manchas de sangue e deve constar no laudo do Instituto de Criminalística que será entrega à Polícia Civil

Correio Braziliense
O adolescente Marcelo Pesseghini é o principal suspeito de matar o pai (com ele, na foto), a mãe, a avó e uma tia-avó - Foto: Reprodução/Arquivo pessoal O policial militar Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, teria sido assassinado 10 horas antes das outras pessoas da família, na misteriosa chacina de Brasilândia, Zona Norte de São Paulo. As informações, atribuídas a médicos legistas que trabalham no caso, são do SPTV.
A constatação sobre a hora da morte, segundo o jornal, se baseia na análise das manchas de sangue e deve constar no laudo do Instituto de Criminalística que será entrega à Polícia Civil. O computador usado pelo adolescente e dos telefones celulares da família serão examinados pela equipe.

A polícia ouviu ontem pelo menos quatro testemunhas sobre o crime, entre elas, vizinhos e funcionários da escola onde Marcelo Pesseghini, 13 anos, estudava. O adolescente é o principal suspeito de matar o pai, Luís Marcelo Pesseghini; a mãe, Andréia Regina Bovo Pesseghinni, ambos policiais militares; a avó materna, Benedita de Oliveira Bovo; e uma tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, horas antes de se suicidar, na segunda-feira passada.

O delegado responsável pelas investigações, Itagiba Franco, contou que cerca de 15 testemunhas já foram ouvidas. Ontem pela manhã, ao menos dois professores do Colégio Stella Rodrigues, onde Marcelo estudava, prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de São Paulo, mas ninguém quis falar com a imprensa.

“Nós queremos saber, principalmente, o comportamento do garoto na escola. Se ele fez alguma confidência, qualquer coisa nesse sentido. O que vier para a gente, venha de onde vier, vai nos ajudar a ter uma visão completa do caso”, comentou Franco.

De acordo com as investigações, a chacina ocorreu entre a noite de domingo e a madrugada de segunda. Após matar os parentes, Marcelo supostamente estacionou o carro da família, à 1h15, em um local perto de onde estudava. Por volta das 6h, o garoto teria saído do veículo e seguido para a escola. Segundo a perícia inicial, depois de assistir às aulas normalmente, Marcelo voltou para casa de carona com o pai de um amigo e se matou.