Após assembleia ocorrida na noite de sábado, a maioria dos cerca de 60 manifestantes que ocupavam o plenário da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro desde a última sexta-feira optou por sair do prédio. Eles deixaram o Palácio Pedro Ernesto no início desta madrugada, conforme informou o estudante secundarista Raphael Almeida, coordenador-geral da Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet), integrante do coletivo. No entanto, segundo ele, um grupo de cerca de nove pessoas não acatou a decisão da maioria e permanece no local.
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Na segunda, entretanto, os manifestantes têm encontro previsto com o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), e o conjunto de vereadores da Casa para ver se encontram uma saída política para o impasse e discutir as reivindicações apresentadas. “Mas a gente sabe que, na prática, isso é um engôdo muito grande”, ressaltou Almeida, para quem tudo decorre de decisão do líder da bancada do PMDB, o professor Uóston (Washington Vicente Nascimento).
A pauta de reivindicações dos manifestantes inclui a anulação da indicação dos integrantes da CPI dos Ônibus e o agendamento de nova reunião para instalar, “de forma legítima”, a comissão, em solenidade que deverá ocorrer no plenário da Câmara, com acesso irrestrito à população.
Eles pedem também a saída, da CPI, dos vereadores da base de governo; a participação exclusiva na CPI dos vereadores que assinaram o requerimento de instalação; que o autor do requerimento da CPI dos Ônibus, vereador Eliomar Coelho (PSDB), seja o presidente da comissão; e que todas as reuniões sejam divulgadas com antecedência e garantam a participação popular irrestrita.