Jornal Estado de Minas

Manifestantes ainda resistem em deixar Câmara carioca

Ocupantes querem pressionar vereadores para que sejam investigadas as concessões de linhas de ônibus no Rio de Janeiro

Agência Estado
A ocupação da Câmara Municipal do Rio entra nesta segunda-feira, 12, no quarto dia com 13 manifestantes. Eles prometem resistir e pressionar os vereadores na reunião convocada para hoje pelo presidente da Casa, Jorge Felippe, para discutir as reivindicações do grupo. Os ativistas pedem que a presidência e a relatoria da recém-criada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a concessão de linhas de ônibus não fiquem com vereadores da base do prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Os manifestantes que continuam na Câmara, em comunicado, justificaram a permanência como ato de “rejeição das condições em que a CPI dos ônibus foi instalada”. Desde o início da ocupação, na sexta-feira, 9, os manifestantes exigiam a escolha do vereador Eliomar Coelho (PSOL) para a presidência da CPI. Mas os vereadores escolheram os peemedebistas Chiquinho Brazão e Professor Uóston para os cargos de presidente e relator, respectivamente.

Os 13 manifestantes estavam impedidos ontem, 11, de receber agasalhos, papel higiênico, colchonetes e carregadores de celular.

“Estive na porta da Câmara e tentei em vão levar agasalhos para o pessoal. A temperatura caiu muito neste domingo no Rio. Mas os PMs que fazem uma barreira ali nem sequer se aproximaram para conversar”, disse o advogado Marino d’Icarahy, que chegou a participar da ocupação do prédio, em sua primeira fase. “Os 13 não são prisioneiros. Ainda que fossem, não poderiam ser privados desses itens básicos. Isso é desumano.”

A reportagem não conseguiu contato com o tenente-coronel da PM, Mauro Andrade, responsável pelas negociações com os manifestantes.