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Denúncias de espionagem serão discutidas na viagem de John Kerry ao BrasilGoverno brasileiro quer saber se EUA espionaram projetos de caças e pré-sal Educação em tecnologia pode prevenir espionagem internacional, avalia especialistaMinistro da Justiça discutirá interceptação de dados brasileiros nos EUAPatriota: manutenção da prática de espionagem afeta relações entre Brasil e Estados UnidosNo Itamaraty, entretanto, a segurança para a visita de Kerry será a mesma organizada para todos os chanceleres estrangeiros. O esquema é feito por seguranças internos, que trabalham rotineiramente no Itamaraty, pela guarda de representação que é formada por fuzileiros navais e pela Polícia Militar, que é responsável pela segurança do lado de fora do prédio.
Kerry chega ao Brasil, depois de passar pela Colômbia. Até a segunda-feira a noite ainda estava sendo negociado um encontro dele com a presidenta Dilma Rousseff na tarde de hoje. Em Brasília, Kerry tem reunião, às 9h, na Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, depois conversa com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e segue para o Itamaraty, para encontros com o chanceler Antonio Patriota. Ele concederá entrevista coletiva às 13h.
O secretário norte-americano está no Brasil no momento em que as autoridades brasileiras aguardam mais informações dos Estados Unidos sobre o monitoramento de dados de cidadãos nos meios de comunicação, conforme denunciou Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços para a Agência de Segurança Nacional (NSA).
No cargo há seis meses, Kerry provocou críticas dos governos latino-americanos ao se referir à América Latina como “quintal”. Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa, reagiram aos comentários cobrando explicações. Mas as autoridades brasileiras preferiram minimizar os efeitos do comentário, ao interpretar que houve uso indevido de palavra e não uma agressão.
O esforço dos assessores brasileiros e norte-americanos é para que a visita de Kerry tenha resultados positivos. Nos últimos cinco anos, o fluxo de comércio entre os Estados Unidos e o Brasil aumentou 11,3%, passando de US$ 53,1 bilhões para US$ 59,1 bilhões. Os Estados Unidos são o país com maior estoque de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no Brasil, somando US$ 104 bilhões em 2010. Em 2012, os Estados Unidos foram o maior investidor estrangeiro no Brasil.