Amarildo está desaparecido desde a noite de 14 de julho, quando foi conduzido por policiais militares de sua casa até à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio.
Presidente do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa destacou que o número de desaparecidos no Estado do Rio vem subindo ano a ano. "Há milhares de Amarildos por aí. Cerca de 35 mil pessoas sumiram de 2007 a 2013 no Estado. Queremos uma pesquisa para saber quantos desses desaparecidos foram assassinados. O Rio está repleto de locais de desova e cemitérios clandestinos. Os rios que deságuam na Baía de Guanabara estão repletos de cadáveres. O caso do Amarildo chamou a atenção para o fenômeno, que deveria causar indignação nas autoridades", afirmou Costa.
A esposa de Amarildo, Elizabete Gomes da Silva, participou da audiência pública, e disse ter certeza que o pedreiro está morto. "Não tenho mais esperança... Meu marido nunca saiu de casa. A última que ele disse antes de sumir foi: 'Bete, meus documentos estão com aquele policial'... e entrou na viatura da PM. Só queremos saber onde ele está."