A reação do chanceler surpreendeu a Kerry, que prometeu mais informações às autoridades brasileiras, uma vez que Patriota exigiu explicações detalhadas sobre o monitoramento de dados feito no Brasil. No entanto, disse Patriota, apenas explicações não solucionam o impasse.
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Kerry visita Brasil em meio a pedidos de explicações sobre espionagemDenúncias de espionagem serão discutidas na viagem de John Kerry ao BrasilEducação em tecnologia pode prevenir espionagem internacional, avalia especialistaMinistro da Justiça discutirá interceptação de dados brasileiros nos EUAAo conceder entrevista ao lado de Kerry, Patriota lembrou que o governo brasileiro pediu explicações aos Estados Unidos, assim que vieram à tona as informações sobre o monitoramento de dados a cidadãos e autoridades do Brasil.
“Não podemos minimizar o tema da espionagem, pois temos um compromisso com a democracia, o bom governo, a abertura da sociedade civil. espaço de democracia e justiça social”, disse o chanceler. Porém, o processo de esclarecimento não é um fim em si mesmo e prestar esclarecimentos não deve ser a única reação dos Estados Unidos às denúncias, ressaltou Patriota.
O chanceler lembrou que os países do Mercosul adotaram uma medida conjunta – cobrar da Organização das Nações Unidas (ONU) uma ação sobre as denúncias de espionagem –, que revela “uma preocupação legítima com práticas que possam ser atentatórias aos dos indivíduos”.
A conversa entre Patriota e Kerry durou cerca de uma hora e meia. Foi o segundo encontro dos dois, depois que o norte-americano assumiu o cargo de secretário de Estado, em fevereiro. O primeiro encontro foi em maio.