Agora, a polícia quer ampliar as linhas de investigação e focar na personalidade do casal de PMs, o que inclui ouvir colegas de trabalho e amigos civis. O Instituto de Criminalística vai fazer um laudo das ligações dos celulares dos pais de Marcelo e do restante da família. Um computador e um tablet apreendido na casa serão analisados.
Até esta terça-feira, 13, já haviam sido ouvidas 27 testemunhas. Sandra Feitosa, prima da cabo morta, acompanhou a mãe, tia da vítima, para ser ouvida no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Sandra disse que sua mãe foi convocada para dizer como os demais familiares ficaram sabendo da chacina. “A gente não consegue acreditar. Não vejo como uma criança pode ter feito isso, um jovem”, afirmou na saída do DHPP.
A polícia também tomou o depoimento na tarde desta terça de uma diretora do Colégio Stella Rodrigues, onde Marcelo estudava, e de um colega de classe do garoto. Segundo o delegado do caso, Itagiba Franco, as duas testemunhas compareceram ao DHPP por volta das 14h. Eles foram ouvidos até as 20h.
Segundo Franco, a polícia ainda deverá procurar uma vizinha da família que disse ter visto duas pessoas - entre elas um PM fardado - na residência na tarde em que os crimes foram descobertos.
O número de testemunhas pode crescer ainda mais, uma vez que o DHPP deverá chamar todos os cerca de 30 policiais que estiveram na cena do crime logo após a chacina. Para a polícia, há sinais de que o local não foi preservado corretamente antes da chegada da equipe do IC.
Corpos
Uma das mais importantes provas para desvendar como aconteceram as cinco mortes é o laudo do exame nos corpos das vítimas. A polícia já pôs em xeque um indício de que haveria uma diferença de 10 horas entre o assassinato do pai e da mãe.
A divergência no resultado da perícia nos corpos, segundo as investigações, poderia ter sido causada pela sequência de exames entre as vítimas - o pai teria sido analisado primeiro, em um intervalo de 10 horas em relação à mãe.