Em mais uma declaração sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse nesta quarta-feira que é uma "responsabilidade" do Estado devolver uma pessoa à família, após abordagem policial. Maria do Rosário, no entanto, disse que "jamais" afirmou que a polícia é responsável pelo sumiço de Amarildo.
Ela afirmou que os casos de desaparecimento no País não estão "restritos à questão do contato com os policiais". No dia 2, Maria do Rosário afirmou que o governo federal está preocupado com o caso do ajudante de pedreiro, que desapareceu depois de ser detido por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na zona sul do Rio. Na ocasião, a ministra afirmou que deve ser considerada a "hipótese concreta" de que agentes públicos foram responsáveis pelo sumiço de Amarildo.
"Preocupa-nos a abordagem policial e o posterior desaparecimento. Toda investigação deve ser feita com a hipótese clara, concreta, de que seja uma responsabilidade dos agentes públicos", disse na ocasião. O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, rebateu a declaração da ministra, afirmando que "não há que se antecipar juízo de valor".