"Os filhos também foram vítimas, porque foram retirados dos pais violentamente, colocados em orfanatos anexos às colônias penais. E muitos deles eram dados como mortos e dados em adoção sem que a família soubesse e se perderam por esse mundo afora com muitas sequelas físicas e psicológicas. O que estamos fazendo é nada mais, nada menos, é reconhecer uma dívida de Estado. Agora vamos ver a discussão mais próxima do formato da lei, dos valores", disse Carvalho, que participou de reunião com cerca de 200 pessoas no Palácio do Planalto para tratar do tema.
Segundo Carvalho, há uma estimativa de que em torno de 15 mil pessoas possam se beneficiar com a iniciativa. "É difícil ter número preciso (de filhos afastados dos pais) porque há muita perda de documentos. Preciso esperar o processo para chegar a esses dados. Até porque se trata de dinheiro público, é preciso ter rigor. Espero que até o fim do ano a gente consiga ter o formato definido. Não dá para ser mais no orçamento deste ano", afirmou o ministro.
A presença da presidente Dilma Rousseff foi cobrada pelos presentes, mas o ministro informou que Dilma teve de antecipar sua viagem ao Paraguai, para uma agenda bilateral com o presidente eleito daquele país, Horacio Cartes.