Fiscais federais agropecuários paralisaram as atividades à meia-noite desta sexta-feira, por tempo indeterminado, em protesto contra a nomeação do advogado Rodrigo Figueiredo para o cargo de secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A categoria também reivindica o cumprimento da Portaria 376, que prevê realização imediata de concurso público.
O presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, informou que a paralisação é nacional. Segundo ele, o advogado Rodrigo Figueiredo foi indicado pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e não está apto ao cargo. “A gente teme pela indicação do advogado, pois, para trabalhar na Secretaria de Defesa Agropecuária, tem que conhecer as áreas técnicas, as áreas animal e vegetal do país”.
Além da revogação da portaria que nomeia o advogado, os trabalhadores também reivindicam a realização de concurso público. Segundo Wilson, o edital deveria ter saído na última terça-feira (13). “O edital do concurso sairia no inicio da semana e isso não aconteceu, precisamos recompor nossa força de trabalho, já reduzida, pois o último concurso aconteceu em 2007”.
Para o presidente, outro ponto que motivou a paralisação é o corte no Orçamento do ministério, anunciado pelo secretário executivo da pasta, José Gerardo Fontenelles, na segunda-feira (12). “O contingenciamento de todos os recursos do Mapa e das 27 superintendências mostra o caos administrativo instalado no ministério e nós não podemos aceitar isso”, disse.
Segundo informações do site do Ministério da Agricultura, Figueiredo foi nomeado quarta-feira (14) para o cargo e já havia atuado na instituição entre 1999 e 2003. Por meio da assessoria de imprensa, o ministério informou que não irá se pronunciar sobre a greve e as acusações de inaptidão do novo secretário para o cargo. De acordo com a Secretaria de Defesa Agropecuária, Rodrigo Figueiredo não esteve hoje no local