A página criada no Facebook que contesta a linha de investigação da polícia que indica Marcelo Eduardo Pesseghini, de 13 anos, como principal suspeito de ter matado seus pais — ambos policiais militares —, avó e tia e cometido suicídio já contava, até a manhã desta sexta-feira, com mais de 24 mil curtidas. O grupo “Não foi o Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini” chegou a marcar uma manifestação em frente ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), que investiga o caso.
A página do grupo contesta a versão da polícia com trechos de depoimentos de vizinhos e familiares. A responsável pela iniciativa prefere não se identificar, mas em uma mensagem ela diz ser “uma mãe indignada com tamanho absurdo” e em outra “uma cidadã comum”, sem ligações com a família das vítimas. A mulher afirma que a revolta com a falta de esclarecimento sobre o caso a fez abrir a página.
Além disso, após o major da reserva e deputado estadual Olímpio Gomes (PDT) confirmar a declaração do chefe da militar Andréia Bovo Pesseghini sobre uma suposta denúncia feita por ela sobre colegas de trabalho envolvidos em atividades criminosas, a Corregedoria da PM declarou que vai investigar o assunto.
Resultados - Os laudos do local da chacina e dos corpos das vítimas devem ser entregues até hoje aos delegados que investigam o caso. Ao todo, são cinco laudos. É por eles que a polícia saberá, por exemplo, se alguma das vítimas tinha resíduos de pólvora nas mãos ou se havia sido sedada antes de morrer.
O trabalho dos peritos também ajudará a explicar a sequência dos assassinatos - a suspeita é que o Marcelo tenha matado os pais, a avó, e a tia-avó. Na sequência, o menino teria se matado.