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Caso Amarildo levanta debate sobre desaparecimentos em ação policialPoliciais que levavam Amarildo dizem que se perderamFamília de Amarildo entrará com ação de indenizaçãoProtesto na Alerj cobra solução para sumiço de AmarildoSite do PMDB é hackeado e questiona 'Cadê o Amarildo?'Mulher de Amarildo diz que acusações contra ela e o marido são mentirosasJustiça nega reconhecimento de morte presumida de AmarildoAmarildo, de 43 anos, está desaparecido desde a noite de 14 de julho, quando PMs o levaram de sua casa, na favela da Rocinha, até a sede da UPP, na área conhecida como Portão Vermelho. O delegado Rivaldo Barbosa espera concluir, nos próximos dias, a segunda rodada de depoimentos dos PMs da UPP e de parentes de Amarildo, para fazer, ainda nesta semana, a reconstituição dos últimos passos do pedreiro até seu sumiço.
Todos os envolvidos no caso estão sendo novamente ouvidos para comparar com as declarações prestadas antes de os investigadores descobrirem o trajeto da viatura da PM que conduziu Amarildo até a UPP. Desde o início das investigações se sabia que o sistema de rastreamento por satélite (GPS) da viatura estava inoperante, mas a polícia conseguiu descobrir o trajeto do veículo por meio de um dispositivo instalado no radiocomunicador da viatura.
Oficialmente, a DH, que já considera Amarildo morto, trabalha com duas hipóteses para o crime: envolvimento de PMs da UPP ou de traficantes da Rocinha. A Justiça concedeu à família de Amarildo o benefício da gratuidade de justiça no processo de indenização que a família do pedreiro move contra o Estado na 4ª Vara de Fazenda Pública do Rio.
A família pede indenização por danos morais, pensão mensal no valor de um salário mínimo e custeio do tratamento médico e psicológico necessários. Esses pedidos não foram concedidos em caráter liminar (provisório). Na sentença, o juiz afirmou que antes é necessário observar o "princípio do contraditório e da ampla defesa". Ou seja, que é preciso, antes, ouvir os depoimentos dos policiais militares envolvidos na abordagem do pedreiro e que, segundo testemunhas, o levaram para a UPP.