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Itamaraty convoca embaixador britânico para tratar da retenção de brasileiro em LondresBrasileiro retido em Londres passou por interrogatórioAnistia Internacional condena retenção de brasileiro em LondresDeputados querem ouvir embaixador britânico sobre retenção de brasileiro em LondresAutoridades insistem em explicações sobre espionagem e detenção de brasileiro"A nossa avaliação é que a aplicação do poder nesse caso foi válida legalmente e em nível de procedimento", indicou a polícia. “Ao contrário do publicado, foi oferecida representação legal enquanto era interrogado e veio um advogado". Porém, Miranda disse que foi negado o direito de se comunicar nas nove horas em que ficou sob poder dos policiais.
O governo britânico disse, na segunda-feira (19), que cabe à polícia decidir quando é "necessário e proporcional" aplicar a legislação antiterrorista. Pela lei, o suspeito pode ser detido e interrogado por vários agentes em aeroportos, portos e zonas fronteiriças do Reino Unido.
Miranda foi libertado nove horas depois da detenção, tempo máximo em que alguém pode ficar retido sem acusação. Os agentes confiscaram diversos equipamentos que ele transportava como o telefone móvel, computador portátil, a máquina fotográfica e os cartões de memória.
No Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, condenou a detenção, definindo-a como “injustificável”, e cobrou explicações do governo britânico. Durante o período em que Miranda foi retido, diplomatas brasileiros e funcionários do jornal The Guardian negociaram a libertação dele.
Glenn Greenwald classificou a detenção de "profundo ataque à liberdade de imprensa" e considerou que a ação representa uma tentativa de intimidação sobre as informações, divulgadas por eles, envolvendo a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) e um complexo esquema de monitoramento de dados de cidadãos de vários países.