Jornal Estado de Minas

Colegas de Marcelo disseram que menino confessou assassinato de família na escola

A médica que acompanhava o garoto desde o nascimento ainda será ouvida pela polícia

AgĂȘncia Estado
- Foto: A Polícia Civil aguarda os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e da perícia para concluir o inquérito sobre a morte da família Pesseghini, afirmou nesta quarta-feira  o delegado responsável pelas investigações, Itagiba Franco. Em frente ao prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Itagiba disse que "a chegada dos laudos poderá fechar o caso".
O delegado considerou que os depoimentos dessa terça-feira foram "muito importantes" para as investigações. Ontem, ao menos duas crianças que estudavam com Marcelo Bovo Pesseghini disseram à polícia que o garoto confessou ter matado os pais, a avó materna e a tia-avó. Segundo o inquérito, Marcelo foi à escola na manhã da segunda-feira, dia 5, e contou aos colegas que cometeu os crimes durante a madrugada. Ainda de acordo com a versão policial, ao voltar para casa, na zona norte da capital paulista, o garoto cometeu suicídio.

Itagiba informou que esteve no IML ontem e que os laudos que irão determinar as causas e os horários aproximados de cada uma das morte devem ficar prontos na próxima semana. Os laudos periciais continuam sem previsão.

Nesta manhã, o delegado ouviu mais uma testemunha. Outro depoimento considerado importante, o da médica de Marcelo, Neiva Damaceno, está programado para a quinta-feira, 22. Ela prestaria depoimento ontem, mas não compareceu ao DHPP alegando motivos pessoais. Devido a uma doença degenerativa (fibrose cística), a médica acompanhava o menino desde que ele tinha um ano de idade. Cerca de 35 pessoas já prestaram depoimento sobre o caso.