Os jogadores de basquete da atlética têm três sessões semanais de uma hora. De acordo com nota da AAAP, na semana seguinte, no dia 19, os atletas foram impedidos de usar a quadra porque 25 estudantes, todos negros, fizeram um protesto no local, sob alegação de que houve racismo contra Barros. Segundo estudantes presentes, esses alunos não aparentavam ser africanos e não tinham sotaque. "É fundamental deixar claro que não houve, em momento algum, qualquer ato racista partindo dos atletas e membros da AAAP, sendo as acusações neste sentido totalmente infundadas", afirmou o presidente da AAAP, em nota.
"Relatos dos estudantes não apontam atitudes racistas dos alunos da Escola Politécnica", disse, em comunicado, o diretor da Poli, José Roberto Cardoso. "Pelo que fomos informados, o ocorrido foi oriundo da exigência de uso da quadra de esportes no horário reservado aos alunos da Escola Politécnica, sem conotação racial alguma. Orientamos o grupo a elaborar boletim de ocorrência para registrar o fato e informamos as autoridades responsáveis pela segurança universitária."
O estudante Wadmir Abreu Alves Barros não foi localizado pela reportagem. Barros teria ido ao Pronto-Socorro do Hospital Universidade para realizar exames, mas a informação não foi confirmada pela assessoria da instituição, cujo telefone não estava disponível.