Carvalho, formado na Espanha, é natural da capital do Acre, para onde volta com a mulher e dois filhos. "Como eu estudei na Europa, com essa oportunidade do programa Mais Médicos, eu volto para minha casa e com o propósito de trabalhar na minha região", afirmou. "Sou brasileiro, a gente tem de arregaçar as mangas e trabalhar." Sônia, que trabalhou numa missão na África, disse que a motivação é aprender. Deixou um emprego público em Portugal e veio com o filho. "Estou ao mesmo tempo emocionada com o desconhecido, mas com muita vontade mesmo de trabalhar e ter uma nova experiência", afirmou.
Neste fim de semana, chegará também o primeiro grupo de 400 médicos cubanos "importados" pelo governo depois de um acordo triangular entre Brasil, Cuba e a Organização Pan-Americana de Saúde. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira, 21, a decisão de trazer 4 mil cubanos para suprir as vagas não preenchidas nas inscrições individuais.
Perguntado sobre as constantes críticas que o programa recebe, Padilha elogiou a disposição dos profissionais que chegaram e lembrou que as vagas preenchidas pelos estrangeiros são aquelas que os brasileiros não quiseram. "Vamos até o fim. O que nos move é levar médicos onde não existem médicos no País", afirmou. "Eu sei a diferença entre um médico perto do paciente, perto da comunidade. Isso faz a diferença em qualquer situação", afirmou.