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De acordo com o médico, mesmo tendo quadruplicado o número de doadores por milhão, é preciso crescer mais, para atender às necessidades por transplantes de fígado no estado. Na Espanha, o país que tem maior número de doadores, são 30 doadores por milhão. Nos demais países da Europa, está em torno de 25, e nos Estados Unidos, 24.
“O Brasil tem dois estados que já ultrapassaram a barreira dos 20 : Santa Catarina e Ceará. No Rio de Janeiro, esperamos chegar próximo de 20 em 2014. Nossa meta é chegar a 22. Precisamos continuar crescendo.”
O coordenador do CET destacou que a maior causa isolada de doenças do fígado é a hepatite C, que tem prevalência de 1% a 2% no Brasil, o que significa de 2 milhões a 4 milhões de brasileiros infectados pelo vírus. Dos casos de cirrose hepática, 40% são devidos à hepatite C e mais 20% ao uso abusivo de álcool. A hepatite C é uma doença silenciosa, que ao apresentar sintomas já comprometeu o fígado. Sua transmissão é basicamente por meio de transfusões sangue e o compartilhamento de seringas infectadas. Se diagnosticada precocemente, a hepatite C é curável, em um tratamento de um ano.
Outra doença que vem causando grande número de indicações de transplantes de fígado é a esteatose hepática, que vem a ser o acúmulo excessivo de gordura no fígado, causado por má alimentação e sedentarismo.
O CET foi inaugurado em fevereiro deste ano, funcionando dentro do Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus, na Tijuca, que inclusive recebeu a visita de papa Francisco em julho. Pacheco prevê que, para o próximo ano, seja possível aumentar em 50% o número de cirurgias de transplantes, dependendo basicamente da contratação de pessoal. Outras informações podem ser acessadas pela página do hospital na internet: www.franciscanosnaprovidencia.org.br.
Para ajudar a diminuir a fila por transplantes de fígado, o médico recomenda que sejam feitas campanhas de divulgação na mídia, principalmente por meio de filmes e novelas, para conscientizar a população da importância de se fazer a doação. O fígado resiste até 12 horas para transplante e por isso a decisão de doar o órgão deve ser tomada o mais rapidamente possível pelo doador e pela família. Um único fígado tem a capacidade de salvar até duas pessoas, pois uma parte maior pode ser transplantada em um adulto e uma parte menor em uma criança.