A Polícia Civil ouviu na segunda-feira, 26, dois PMs que foram superiores da cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini, morta com o marido, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, e outros três membros da família entre os dias 5 e 6 de agosto. O principal suspeito é o filho do casal, Marcelo Pesseghini, de 13 anos, que teria se suicidado depois.
Alegre e sorridente
O chefe direto da cabo Andréia, o capitão Laerte Araquém Fidelis Dias, da 1ª Companhia do 18º Batalhão, na Freguesia do Ó, disse que desconhecia que o filho da PM era portador de uma doença degenerativa. Ele a descreveu como uma pessoa alegre e sorridente.
Outro ex-chefe da cabo ouvido no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi o capitão Fábio Paganotto, ex-comandante da 1ª Companhia do 18º batalhão. A Corregedoria da PM investiga uma denúncia de que Paganotto foi alertado pela cabo sobre um esquema de furtos a caixas eletrônicos praticados por policiais que trabalhavam com ela. Paganotto saiu do DHPP sem falar com a imprensa.
Após os crimes, o coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão, chegou a dizer que a cabo denunciou a participação de policiais nos roubos. Em depoimento à Corregedoria, disse que houve um mal entendido em uma entrevista. O coronel está afastado por questões médicas, segundo a PM.
Amigos
A polícia pretende ouvir novamente nesta semana alguns colegas de Marcelo, que disseram que o garoto assumiu ter matado os pais ao chegar à escola no dia do crime.
Eles teriam omitido informações em seu depoimento, o que teria sido constatado em um e-mail obtido durante as investigações. Os jovens fariam parte de um grupo que seria liderado por Marcelo.