"Estamos protestando contra as nomeações que estão acontecendo aqui, no ministério. São nomeações de pessoas que não tem nada a ver com a área, como advogado que vai comandar uma secretaria extremamente técnica. A gente fica consternado, pois como um fiscalizado vai chefiar a fiscalização? A gente não consegue entender qual é a lógica disso", disse Fernando.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, 2.950 fiscais atuam em todo país. Ele ressaltou que o número necessário deveria ser de 10 mil pessoas. "O governo não pode prover isso tudo de uma única vez, mas pode escalonar concursos anualmente para recompor os cargos".
"Não se tem a realização de concurso público que estava planejado, não tem como trabalhar nas áreas animal e vegetal, de comercialização de estocagem, com um número pequeno de fiscais como temos hoje", acrescentou o sindicalista.
Sobre o corte de orçamento previsto para o ministério, Wilson Sá acrescentou que, em julho, a área fim recebeu R$ 102 milhões do valor previsto para 2013. "Neste mês nada, até agora não foi liberada nenhuma quantia para as atividades técnicas de manutenção e fiscalização, não podemos conviver com este tipo de atitude", ressaltou. Na quinta-feira (29) e sexta-feira (30), os fiscais farão uma nova paralisação nacional.