A exposição Ausências, aberta nessa quinta-feira, no Museu da República, em Brasília, faz um convite à reflexão sobre a repressão dos regimes ditatoriais. Criada pelo fotógrafo argentino Gustavo Germano, Ausências mostra a violência dos tempos da ditadura militar no Brasil. Fotos antigas de famílias de vítimas são remontadas trazendo-as para os dias de hoje. São as mesmas pessoas e paisagens, mostrando quanto os entes queridos fazem falta.
Germano conhece a dor de perto, o irmão desapareceu na ditadura militar argentina. Essa foi a motivação que o levou, anos depois, a fotografar os parentes dos desaparecidos. Uma amostra apenas com famílias argentinas foi o ponto de partida para retratar o drama de milhares de brasileiros. “Esta exposição tem uma gênese que atravessa toda a minha vida. Sou um instrumento para mostrar o que as famílias da América Latina querem falar, que é a presença da ausência”.
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